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domingo, 12 de maio de 2013

Feliz Hu-mãe-nidade...


Feliz Hu-mãe-nidade
Feliz Mães pela e-ternuridade

Amor de Índio
Maria Gadú
Música de Beto Guedes/Ronaldo Bastos/1978

Tudo o que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo o cuidado, meu amor.
Enquanto a chama arder,
Todo dia te ver passar,
Tudo viver ao seu lado
Com o arco da promessa
Do azul pintado pra durar.

Abelha fazendo mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for e ser tudo.

Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor.
A massa que faz o pão
Vale a luz do teu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver.

No inverno te proteger
No verão sair pra pescar,
No outono te conhecer,
Primavera poder gostar.
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser tudo.

Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor.
A massa que faz o pão
Vale a luz do teu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver.

No inverno te proteger
No verão sair pra pescar,
No outono te conhecer,
Primavera poder gostar.
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser tudo.


Dois Cânticos e uma Canção
Cecília Meireles

Cântico II

Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens...
não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabes que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:
É a passagem que se continua.
É a tua eternidade.
És tu

Canção Mínima

No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.

E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,

entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta

Cântico VI

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acaba todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.

In, “Dois Cânticos e uma Canção” . "Antologia Poética", Editora Record . Rio de Janeiro, 1963, págs.25, 32 e 45.

domingo, 2 de setembro de 2012

Escola Beatriz: bem te vi revendo e reencantando o mundo...


Uma escola revendo
e reencantando o mundo...
bem te vendo
e bem te querendo nesse Mundo...

1963/2013
50 anos da Escola Beatriz

Sol de Primavera

Beto Guedes
(Beto Guedes e Ronaldo Bastos 1979)

Quando entrar setembro
e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando
as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
no que falta sonhar
Já choramos muito,
muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
uma nova  canção
que venha nos trazer
Sol de primavera
abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor
só nos resta aprender...


Bem te vi

Paulinho Pedra Azul
(Jardim de Fantasia 1982)

Bem te vi,
bem te vi andar por um jardim em flor
chamando os bichos de amor,
tua boca pingava mel
Bem te quis, bem te quis
e ainda quero muito mais
Maior que a imensidão da paz
bem maior que o sol

Onde estás?
Voei por este céu azul
Andei estradas do além,
onde estará meu bem?
Onde estás?
Nas nuvens ou na insensatez?
Me beije só mais uma vez,
depois volte pra lá...


Bem te vi

O bem-te-vi (Brasil) ou grande-kiskadi (Portugal) é uma ave passeriforme da família dos tiranídeos de nome científico Pitangus sulphuratus, que provêm de pitanga guassu, ou seja, pitanga grande, forma pela qual os índios brasileiros tupi-guarani o chamavam; e do latim sulphuratus, pela cor amarela como enxofre no ventre da ave. A espécie é ainda conhecida pelos índios como pituã, pitaguá ou puintaguá. Outras apelações existentes são triste-vida, bentevi, bem-te-vi-verdadeiro, bem-te-vi-de-coria, tiuí, teuí, tic-tiui e siririca (somente para fêmeas). A versão portuguesa da palavra se assemelha com a anglófona: great kiskadee. Na Argentina é conhecido como bichofeo, vinteveo e benteveo; na Bolívia como frío; e na Guiana Francesa como quiquivi ou qu'est-ce qu'il dit.

Fonte: Wikipedia