Mostrando postagens com marcador Artes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Artes. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Mostra do Cinquentenário da Escola Beatriz: 12 e 13 de dezembro de 2013


Mostra do Cinquentenário
12 e 13 de dezembro de 2013

Biblioteca: História da Escola Beatriz De Souza Brito
Auditório: Espaço de Artes e Sala Ambiente de Leitura e Escrita
Salas dos Anos Iniciais: Espaço de Alfabetização
Sala Multiuso: Espaço de Ciência e Tecnologia

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A lenda do Saci Pererê

Foto: Alexandre Mury

A lenda do Saci Pererê


A lenda é assim! Basta que exista um bambuzal e, de repente, de dentro dos caniços, nascem os sacis. É como eles vêm ao mundo, dispostos a fazer estripulias. Conta a história que esses seres já existiam bem antes do tempo que os portugueses invadiram nossas terras.

Ele nasceu índio, moleque das matas, guardião da floresta, a voejar pelos espaços infinitos do mundo Tupi-Guarani. Depois, vieram os brancos, a ocupação, e a memória do ser encantado foi se apagando na medida em que os próprios povos originários foram sendo dizimados.

Quando milhares de negros, caçados na África e trazidos à força como escravos, chegaram no já colonizado Brasil, houve uma redescoberta. Da memória dos índios, os negros escravos recuperaram o moleque libertário, conhecedor dos caminhos, brincalhão e irreverente. Aquele mito originário era como um sopro de alegria na vida sofrida de quem se arrastava com o peso das correntes da escravidão.

Então, o moleque índio ficou preto, perdeu uma perna e ganhou um barrete vermelho, símbolo máximo da liberdade. Ele era tudo o que o escravo queria ser: livre! Desde então, essa figura adorável faz parte do imaginário das gentes nascidas no Brasil.

O Saci-Pererê é a própria rebeldia, a alegria, a liberdade. Com o processo de colonização cultural via Estados Unidos – uma nova escravidão - foi entrando devagar, na vida das crianças brasileiras, um outro mito, alienígena, forasteiro. O mito do Haloween, a hora da bruxa e da abóbora, lanterna de Jack, o homem que fez acordo com o diabo.

Queremos vida digna, um país soberano na política, na economia, na arte e na cultura. Cada região deste Brasil tem seus próprios mitos. Caipora, Boitatá, Curupira, Bruxa, Negrinho do Pastoreio... São os amigos do Saci que estão presentes na atividade do Dia do Saci Pererê, saudando e buscando a liberdade.

Elaine Tavares

Em Florianópolis a celebração do Dia Nacional do Saci-Pererê se deu no dia 31 de outubro, quarta-feira, das 16h30 às 18h30, na Esquina Democrática, em frente à igreja São Francisco. Promoção é do Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal do Estado de Santa Catarina (Sintrajusc), com apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Santa Catarina (Sintufsc) e da Revista Pobres & Nojentas.

***

O SACI (1951)



O Saci
Direção de Rodolfo Nanni (Brasil, 1951)

O Saci e o fantástico para crianças

O Saci foi um marco para o cinema brasileiro por várias razões: foi o primeiro longa-metragem infantil realizado no país, o primeiro inspirado na obra de Monteiro Lobato e também um dos primeiros a reunir um grupo de artistas e intelectuais que teria papel definitivo na constituição de um projeto de cinema nacional, como o cineasta Nelson Pereira dos Santos, que foi assistente de direção do filme, e o pesquisador Alex Viany, gerente de produção. A equipe, chefiada pelo artista plástico Rodolfo Nanni, que até então tinha experiência no cinema apenas como continuísta (do inacabado AGLAIA, de Ruy Santos), contava também com outros profissionais importantes, como o fotógrafo Ruy Santos, o compositor Cláudio Santoro e o montador José Cañizares, além do elenco composto pelas crianças (Paulo Matozinho, como Saci; Livio Nanni, como Pedrinho; Aristela Paula Souza, como Narizinho) e outros atores convidados, como Maria Rosa Ribeiro (Dona Benta), Otávio Araújo (Tio Barnabé) e Benedita Rodrigues (Tia Nastácia).

Concebido como um projeto quase familiar e filmado nos estúdios alugados da Cinematográfica Maristela, em São Paulo, entre 1951 e 1953, o longa foi produzido num sistema independente, mas obteve, depois, significativo sucesso comercial. Inspirado no Saci-Pererê (1), figura folclórica conhecida no Brasil desde o século XVII, e cuja origem está na junção de uma figura da mitologia indígena com elementos das culturas africana e européia, o filme trazia a entidade brincalhona a partir da visão do escritor Monteiro Lobato, que a transformou em personagem recorrente da coleção Sítio do Pica-pau Amarelo, publicada entre 1921 e 1947 – e iniciada justamente com o livro O Saci.

O longa de Rodolfo Nanni contava uma das aventuras das crianças Pedrinho e Narizinho no Sítio do Pica-Pau Amarelo, quando o menino aprende a caçar sacis e acaba ficando amigo de um deles, que o leva para assistir à “sacizada” (reunião em que dezenas de sacis que se encontram magicamente durante a noite) no meio da floresta. Então, Pedrinho e seu novo amigo descobrem que Narizinho fora petrificada pela maldosa bruxa Cuca, e precisam resgatá-la em uma caverna assombrada, para desespero da vovó Dona Benta e da fiel cozinheira Tia Nastácia.

Como se pode depreender da trama, o filme era dedicado ao público infantil, mas também fazia parte de uma proposta mais abrangente de seus realizadores, no sentido de abordar a cultura e a identidade brasileiras no cinema, apresentando soluções estéticas diferentes daquelas que as grandes produtoras cariocas e paulistas (como a Atlântida, a Vera Cruz e a própria Maristela) haviam escolhido. Nesse sentido, o longa chama a atenção por apresentar-se como uma experiência lúdica, que abordou, de maneira quase teatral na direção de arte, e quase documental na direção de fotografia, personagens típicos da literatura e do folclore brasileiros, num recorte que pouco tinha a ver com um cinema “de gênero” internacional pretensamente emulado nos estúdios da época, e estava muito mais ligado à literatura e às representações populares do fantástico na cultura brasileira.

A obra acabou fazendo uma boa carreira comercial, beneficiando-se da popularidade dos textos de Monteiro Lobato e das leis de proteção ao cinema brasileiro, que garantiram a circulação da fita, sobretudo nas cidades do interior do país. O Saci também ganhou alguns prêmios importantes, como o Prêmio Saci de 1954 (concedido pelo jornal O Estado de S. Paulo) e o Prêmio Governador do Estado de São Paulo, no mesmo ano. O filme também teve sua memória relativamente bem preservada, sendo exibido eventualmente na televisão (nas emissoras educativas), e ganhando recentemente uma pouco divulgada edição em DVD, que traz, nos extras, um detalhado documentário sobre a realização do filme.


Ficha técnica

Diretor: Rodolfo Nanni
Elenco: Paulo Matozinho, Lívio Nanni, Otávio Araújo, Olga Maria, Maria Rosa Ribeiro, Aristéia Paula de Souza.
Produção: Alex Viany
Roteiro: Rodolfo Nanni, Arthur Neves
Fotografia: Ruy Santos
Trilha Sonora: Cláudio Santoro
Duração: 64 min.
Ano: 1951
País: Brasil
Gênero: Aventura
Cor: Preto e Branco
Distribuidora: Independente
Classificação: Livre

Laura Cánepa

Assista também:




Alexandre Mury



Alexandre Mury trabalha auto-retratos, a partir de releituras de ícones, da pintura, escultura, cinema, literatura e outras referências da cultura universal usando a fotografia como suporte. O artista fotografa desde os 16 anos e realizou sua primeira exposição coletiva importante em 2010 no MAM-RIO (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro), fazendo parte da coleção de Gilberto Chateaubriand.

Nascido no estado do Rio de Janeiro, no dia 13 de janeiro de 1976 é um artista por vocação, desde criança desenhou e pintou. A fotografia como expressão vem legitimá-lo como artista a partir do momento em que começa a ter suas primeiras obras na coleção de renomados colecionadores brasileiros de arte como Joaquim Paiva. Através da livre interpretação recontextualizada, lúdica e intrigante faz ressignificar célebres criações eternizadas e convida para repensar os clássicos. O caráter performático, a auto-direção, a escolha e produção de figurinos e cenários esquadrinham o estilo, inventividade e habilidades de um multiartista. A auto-imagem e o discurso do “eu” orientam a unicidade no conjunto de uma obra bastante eclética. O improviso e a visão alegórica remetendo as coisas do Brasil com uma estética vernacular e peculiar no trabalho do artista que explora o contexto contemporâneo mundial de reciclagens e releituras.

Conheça mais sobre o artista clicando aqui.

Foto: Alexandre Mury "como" Dr. Gachet, pintado por Van Gogh (1890) atualmente exposto no Museu D'Orsay (Paris/França)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Singin’in the Rain comemora 60 anos


Singin’in the Rain comemora 60 anos

Dirigido por Gene Kelly e por Stanley Donen, musical combinou graça e leveza, com humor e criatividade.

A dança, a música e o cinema comemoram juntos os 60 anos de Singin’in the Rain, dirigido pelo genial bailarino Gene Kelly e por Stanley Donen, que encabeça todas as listas de melhores musicais de todos os tempos, combinando graça e leveza, com humor e criatividade, nas mais famosas sequências de dança já vistas na tela e tudo debaixo de chuva.

Seguindo a tradição dançante da Broadway, quando o cinema ganhou som, os musicais de Hollywood fascinaram o mundo com a sua combinação de talento individual e disciplina coletiva, com audácia criativa de coreógrafos como Jerome Robbins, que juntaram arte e entretenimento em algum lugar entre o clássico e o popular.

Reunidos na compilação That’s Entertainment, os grandes musicais do cinema viraram história e se tornaram um padrão de excelência insuperável. Os musicais subiam pelas paredes e dançavam até debaixo d’água.

O mundo conheceu bailarinos geniais como Fred Astaire, que dançava tão bem com Ginger Rogers ou com outras parceiras menos talentosas e o fabuloso Gene Kelly, que não só dançou como coreografou alguns dos melhores musicais do cinema.

Mas o musical também mudou, ficou mais sensual e político com as coreografias de Bob Fosse nos anos 70 e mais divertido com Embalos de Sábado à Noite, que inaugurou a era Disco.

A última grande maravilha dos musicais foi o Moulin Rouge de Baz Luhrmann, com coreografias sensacionais para novas versões de clássicos do pop.

Hoje qualquer clip de Madonna, Lady Gaga ou Christina Aguillera tem números de dança espetaculares, com mais produção do que os velhos musicais. Mas ninguém se impressiona mais com a graça e a precisão dos bailarinos, as coreografias ficaram todas parecidas. É por isso que as sequências de dança do sexagenário Singin’in the Rain estão cada vez melhores.

Reproduzido de G1
21 set 2012


Turma 81 (Artes, Prof. Pedro Cabral Flho) assistindo cena com Gene Kelly na SI

Singin’in the Rain
Direção de Stanley Donen e Gene Kelly
Ano de produção: 1952
Estados Unidos

Singin' In The Rain
Gene Kelly

I'm singing in the rain
Just singin' in the rain
What a glorious feeling
I'm happy again
I'm laughing at clouds
So dark up above
The sun's in my heart
And I'm ready for love
Let the stormy clouds chase
Everyone from the place
Come on with the rain
I have a smile on my face
I walk down the lane
With a happy refrain
Just Singin', singin' in the rain
Dancing in the rain
I'm happy again
I'm singin' and dancin' in the rain
I'm dancin' and singin' in the rain

Cantando Na Chuva
Gene Kelly

Eu estou cantando na chuva
Apenas cantando na chuva
Que sentimento glorioso
Estou feliz novamente
Estou sorrindo das nuvens
Tão escuras lá em acima
O sol está em meu coração
E estou pronto para o amor
Deixe as nuvens perseguirem
Todos do lugar
Vamos com a chuva
Tenho um sorriso em meu rosto
Eu passeio rua abaixo
Com um refrão feliz
Apenas cantando, cantando na chuva.
Dançando na chuva
Eu estou feliz novamente
Estou cantando e dançando na chuva
Estou dançando e cantando na chuva.

domingo, 16 de setembro de 2012

Van Gogh: para contemplar "O Escolar" no MASP...


O Escolar

Vincent van Gogh, 1888, óleo sobre tela, 63,5 x 54 cm.
Museu de Arte de São Paulo, São Paulo/Brasil.

Também conhecida como “O filho do Carteiro”, Camille Roulin.
Informações na Wikipedia clicando aqui.

A arte acadêmica valorizava temas históricos, religiosos e mitológicos. A pintura nos gêneros de Paisagem e Retratos, quando retratava pessoas comuns, eram considerados gêneros inferiores. No século XIX, os pintores ligados ao Romantismo e ao Impressionismo recuperaram a paisagem como um gênero de pintura de primeira ordem. Por sua vez, Van Gogh trabalhou muito em retratos e auto-retratos. Produziu cerca de 40 auto-retratos - um número inferior apenas ao de Rembrandt. Realizou inúmeros retratos da família Roulin: o pai, O carteiro Roulin (1888); sua esposa, La Berceuse (1889); e O bebê Marcelle Roulin. O Escolar é o retrato de Camille Roulin, outro filho de seu amigo carteiro, pintado de memória.

Nesta pintura observa-se a busca expressionista do artista, empregando cores fortes e pinceladas bem marcadas, no lugar do uso de cores naturalistas. Van Gogh pintava como sentia aquilo que seus olhos enxergavam, e usava a cor para essa expressão - por isso a aparente forma arbitrária de sua colocação. O fundo vermelhão gera, com o azul claro e luminoso da blusa, uma carga intensa de vida na figura do menino. Mas seu olhar, dirigido para baixo, demonstra um certo acanhamento. Há uma tensão presente, criada pelo contraste entre a vivacidade das cores e uma certa tristeza presente em seu olhar, assim como entre a forte expressão da imagem da criança e o sentido romântico da infância, cuja simbologia está associada à inocência, à idéia de pureza, de natureza intocada. A dor que vemos dramatizada na representação deformada da mão do menino é tão intensa quanto aquela que as palavras de Van Gogh mostram que ele viveu. Em tal medida, impera aqui uma máxima artística: uma obra, de forma representativa ou não, é sempre um auto-retrato de seu autor.

Quando Van Gogh esteve internado em um hospício, em Saint-Rémy, as crises de alucinações às vezes chegavam em meio a sessões de pintura. Apesar de toda a dor que a consciência da doença lhe causava, o artista entendia que a pintura era o seu melhor remédio. O trabalho sempre o absorveu completamente e sua paixão interior encontrou na arte a válvula de descompressão, o que lhe permitiu seguir adiante. Ele era um apaixonado pela natureza e pela vida das pessoas simples. Num desses difíceis momentos, após superar uma das crises, escreveu a Théo: "Pois bem, sabe o que espero, uma vez que recomeço a ter esperanças? É que a família seja para você o que para mim é a natureza, os torrões de terra, a relva, o trigo amarelo, o camponês, ou seja, que você encontre em seu amor pelas pessoas motivo não só para trabalhar mas com que se consolar e reerguer-se, quando necessário".

Fonte: Casthalia

Leia mais sobre a obra na dissertação de Giovana Deliberali Maimone, “Estudo do tratamento informacional de imagens artístico-pictóricas: cenário paulista – análise e propostas” (PUC Campinas, 2007) da página 96 a 101, clicando aqui.

domingo, 19 de agosto de 2012

Crianças: Pequenas Grandes Maravilhas da Amizade...


Uma canção para essa meninada bacana da Escola Beatriz que "amanhece" um novo jeito de ser/saber/poder/amar na Educação, que nada e flutua em pétalas de flores, que abençoa a gente num sorriso de suas gigantescas pequenas maravilhas desses corações que batucam a canção do Amor Incondicional.... Beijoooooo (LNPQ)

Pequenas Maravilhas
14 Bis

Se era uma vez
Castelos de papel
Gnomos e cristais
Motivos de canções
Decerto são pequenas maravilhas
Duendes brincalhões
E desanoiteceu
Na saga dos anões
Na luz de cada olhar
Na trilha das formigas
Nas estrelas
Em cada grilo
Quem descobrir tamanha grandeza
Verá a tribo a dançar ao rito da chuva
Será a festa da terra a nova semente

As folhas pelo chão
O branco algodão
As lágrimas de amor
As pérolas marfim
Os frutos da suprema natureza

O raio multicor
Um feixe de luar
Lembranças e quintais
E tudo que sonhar
Aviva o país das maravilhas
(E amanheceu)
Cigarras e flores, contos de fadas
Não há um bem maior que a pequena criança




14 Bis é uma banda vocal/instrumental brasileira que surgiu em 1979 em Belo Horizonte, Minas Gerais, criada pelos irmãos Flávio e Cláudio Venturini, Hely Rodrigues, Vermelho e Sérgio Magrão.

Página oficial da banda clicando aqui.


Publicado por Leo Nogueira na página de Facebook da Escola Beatriz.
Curta e siga a página clicando aqui.