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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Indicação de documentários: crianças, infância, adolescência...



DOCUMENTÁRIOS
ESPECIAL DIA DAS CRIANÇAS

Segundo o IBGE, quase 4 milhões de crianças e adolescentes se encontram fora das escolas. Os motivos são muitos, desde o desinteresse escolar, a gravidez precoce ou até o ingresso no mercado de trabalho para ajudar na renda da família.

Em todo o mundo, de acordo com os dados divulgados pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), temos 215 milhões, entre crianças e adolescentes, que trabalham, sendo que a metade está exposta à condições degradantes. A exploração sexual, a escravidão, a servidão e atividades em conflitos armados são as principais consequências da ausência escolar e a falta de políticas púbicas, levando nossas crianças a baixo estima e os tornando vulneráveis as propostas ilusórias de enriquecimento e consumo.

A publicidade voltada para o público infantil colabora com a obesidade, erotização precoce, violência e diminuição da criatividade e de momentos importantes da infância, fora o estresse familiar na qual prometem uma vida feliz cheia de emoção, desde que você possua o que está sendo vendido. Precisamos refletir sobre isso...

Esses filmes são uma homenagem as crianças de todo o mundo:

Nascidos em bordéis 
O Lado Negro do Chocolate
Crianças de Gaza
Criança - A alma do negócio
Crianças de Consumo
A Ira de um Anjo
A Invenção da Infância
Promessas De Um Novo Mundo
War Dance Uganda
Crianças no Furacão 
Bebês
Meu eu secreto
Meninas: Gravidez na Adolescência
Crianças do Tsunami
Esperando pelo Super-Homem
Autismo: fabricado nos EUA
Meu Filho Bipolar
Crianças capazes

Nascidos em Bordéis (Born Into Brothels: Calcutta’s Red Light Kids; 2004) mostra a vida de crianças, filhos de prostitutas, que nascem e crescem em bordéis no bairro da Luz Vermelha, em Calcutá.
O chocolate que consumimos é produzido com o uso de trabalho infantil e tráfico de crianças? O premiado jornalista dinamarquês, Miki Mistrati, decide investigar os boatos. Sua busca atrás de respostas o leva até Mali, na África Ocidental, onde câmeras ocultas revelam o tráfico de crianças para as plantações de cacau da vizinha Costa do Marfim. A Costa do Marfim é o maior produtor de cacau, respondendo por cerca de 40% da produção mundial. Empresas como a Nestlé, Barry Callebaut e Mars assinaram em 2001 o Protocolo do Cacau, comprometendo-se a erradicar totalmente o trabalho infantil no setor até 2008. Será que o seu chocolate tem um gosto amargo? Acompanhe Miki até a África para expor "O Lado Negro do Chocolate".

Durante a incursão israelita na Faixa de Gaza em dez 2008 a jan 2009 (operação chumbo grosso), grupos humanitários estimam que cerca de 1.000 crianças foram feridas e 300 foram mortas.

Este documentário mostra a opressão de Israel na visão humana, sensível e delicada de Omsyatte, Ibrahim, Amal e Mahmud, crianças palestinas como quaisquer outras, testemunhas do horror, vítimas da crueldade, orfãs de um lugar que já foi um país. Elas são tolhidas de qualquer sonho, e de qualquer perspectiva decente de futuro.
A realidade das crianças palestinas de hoje está em ver seus pais e seus irmãos sendo mortos, suas casas sendo derrubadas, suas escolas bombardeadas. Para piorar, Israel impõe um bloqueio econômico sobre a nação, gerando mais desespero e miséria para os palestinos.

Diante desse cenário absurdo, muitas crianças deixam de fazer o que faz a maioria das crianças: sonhar.

Este documentário reflete sobre estas questões e mostra como no Brasil a criança se tornou a alma do negócio para a publicidade. A indústria descobriu que é mais fácil convencer uma criança do que um adulto, então, as crianças são bombardeadas por propagandas que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas.

O resultado disso é devastador: crianças que, aos cinco anos, já vão à escola totalmente maquiadas e deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumes. Num jogo desigual e desumano, os anunciantes ficam com o lucro enquanto as crianças arcam com o prejuízo de sua infância encurtada.

Contundente, ousado e real este documentário escancara a perplexidade deste cenário, convidando você a refletir sobre seu papel dentro dele e sobre o futuro da infância.

Documentário de como a Publicidade, os Meios de Comunicação Social e o Marketing usam e influenciam as crianças a serem Mega-Consumidoras. As tácticas e manobras manipuladoras para conseguirem, o que eles indicam, o melhor mercado humano, as crianças. A Ciência está a ser usada para dissecar as crianças para criar novas formas de as enganar, novas formas de as estupidificar.

Este documentário é uma compilação das filmagens das sessões de terapia do Dr. Ken Magid, psicólogo clinico especializado no tratamento de crianças severamente abusadas. O relato de Beth, 6 anos, é perturbador, mostra os efeitos devastadores de abuso em uma criança. Recomenda-se que não seja assistido por pessoas sensíveis.

Ser criança não significa ter infância. Uma reflexão sobre o que é ser criança no mundo contemporâneo.

Um documentário fascinante e emocionante onde tenho certeza que aqueles que assistirem por completo irão surpreender-se com lágrimas rolando dos olhos.Criado por B.Z.,o documentário retrata o outro lado por trás do ódio alimentado entre primos distantes (Israelenses e Palestinos) que brigam de forma incessante entre si pela herança das terras de Israel, estando no meio de tudo isso, crianças inocentes que pensam de uma maneira diferente de seus pais em relação ao psêudo-inimigo que deveria gerar-lhes terror e algeriza. Um documentário surpreendente que mostra que as crianças querem viver simplesmente como crianças, confiram! Grande abraço!
Três crianças que vivem em um campo de deslocamento no norte de Uganda competir na música nacional de seu país e de dança festiva.

O documentário de 52 minutos abrange entrevistas com 12 pessoas que eram crianças no período que vai do golpe de 1964 até a Abertura, em 1982. A memória de quem viveu o cotidiano do regime militar brasileiro, em razão do envolvimento de familiares na trama política da época.
A perspectiva da abordagem das entrevistas é a percepção através da ótica da criança. O documentário busca o registro das sensações e reações diante de eventos concretos, compondo um painel diferente da frieza do conteúdo dos livros ou do distanciamento de quem olha de fora e avalia os estragos.
O filme é uma realização da Fundação Joaquim Nabuco - Ministério da Educação.

Este filme visualmente deslumbrante nova simultaneamente segue quatro bebês em todo o mundo - desde a primeira respiração para primeiros passos. Da Mongólia à Namíbia para San Francisco a Tóquio, BEBÊS alegria captura em filme os primeiros estágios da jornada da humanidade, que são ao mesmo tempo único e universal para todos nós.

O documentário fala de três jovens portadores da síndrome do transtorno de identidade de gênero(também conhecidos como disfóricos ou transgêneros ou transexuais ), tendo o mais velho 17 anos e a mais nova 6 anos. A vida em família, a descoberta do problema, as causas, as adaptações, a aceitação.

"Meninas" vai muito além de uma simples investigação sobre a gravidez precoce, um problema crucial no Brasil, onde uma em cada cinco gestantes é adolescente. Fica muito claro nas entrevistas que, mesmo não tendo total consciência das implicações da maternidade, não faltam às garotas informações sobre sexo e concepção. Ou seja, havia a possibilidade de evitar a gravidez, mas isso não foi encarado com seriedade. Para algumas meninas, ser mãe representa afirmação e chegada à vida adulta.

Em nenhum momento "Meninas" se propõe a fazer um julgamento de seus personagens, ou qualquer discurso moralista. Contando com depoimentos muito bons, tanto das garotas, quanto de suas mães, consegue-se identificar, porém, a falta de sonhos pessoais e profissionais dessas jovens de baixa renda.

Por isso, o filme torna-se um retrato preocupante de uma juventude pobre e sem perspectivas, que eterniza de pai para filho um assustador ciclo de pobreza. Os problemas sociais, como a baixa escolarização e profissionalização, não raro funcionam como caldo para a criminalidade, como o sempre presente tráfico de drogas nos morros cariocas.

O documentário reúne depoimentos de crianças japonesas sobre suas impressões do desastre natural que abalou o país em março de 2011, além de suas experiências e perspectivas durante e após o terremoto.

Um filme que todo educador (ou burocrata da educação) deveria assistir.
O sistema público de ensino nos EUA está a pique, gerações inteiras irão se perder. Crianças sendo afastadas de oportunidades de vida, ficando vulneráveis ao que uma existência sem estudos pode acarretar.

O documentário mostra que a receita para mudar os péssimos resultados das escolas públicas é simples: maior carga horária, mais salas de aulas por alunos, mais motivação aos professores. Mas apesar de ser simples, tem-se que lutar contra o sistema...

Há grandes exemplos dos que desafiaram esse sistema em locais onde o nível de aprendizado o mais baixo da região, onde era quase impossível levar algum aluno à Universidade, conseguiu-se que mais de 90% dos seus alunos conseguissem esse feito.

Excelente documentário de alerta sobre essa doença que destrói a vida de crianças. Há um volume enorme de pesquisas indicando ser o autismo uma das consequências funestas da presença de mercúrio em vacinas. Assista o documentário, pesquise o tema Mercúrio e autismo, há muita informação a respeito.

Ha um ditado que diz: quer saber o culpado? Siga a trilha do dinheiro.
Vacinas são uma fonte enorme de lucros para os cartéis farmacêuticos. Na verdade todas as doenças são fontes de renda para eles.

Este especial acompanha quatro famílias com filhos diagnosticados com transtorno bipolar e mostra como essa condição afeta significativamente suas vidas.

No documentário Crianças Capazes, jovens que já passaram pelo CEDET (Centro de Desenvolvimento do Potencial e Talento) e crianças que frequentam as oficinas atualmente dão depoimentos sobre a chance de experimentar algo tão diferente do dia-a-dia escolar. São entrevistados ainda pais, professores das escolas públicas e monitores de oficinas. O documentário aborda também o risco de aliciamento das crianças capazes pelo crime organizado.

Recebido via Facebook de Eric Fenelon
Do Grupo Brigadas Populares

sábado, 1 de setembro de 2012

O Direito da Criança ao Brincar

Aula de Educação Física com a Profa. Lorena na Escola Beatriz

Pesquisadores sustentam que brincar é fundamental; entenda por quê

Maurício Horta
Do UOL, em São Paulo

Os amigos imaginários, as brincadeiras com bonecos e fantoches, os desenhos, e todo o mundo da representação surgem por volta dos dois anos e não param mais

Qualquer que seja a cultura ou a época, a criança brinca. Desde o bebê que põe na boca todo objeto que vê na frente até as crianças que jogam vôlei na rua, qualquer criança saudável sente prazer em brincar. Mas qual a importância disso? Em resumo, a brincadeira constrói a mente. “O brincar desenvolve a percepção, a coordenação motora, a criatividade, o vocabulário, a afetividade e o vínculo com o outro”, diz Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

Acontece que não somos como um computador: não nascemos com algum tipo de programa pré-instalado que nos permita, de cara, reconhecer e entender o que está à sua volta, comunicar-se, criar novas coisas, lidar com suas emoções e obedecer a regras. E esse “programa” tampouco pode ser instalado de cima para baixo, como em uma sala de aula onde o professor dita uma matéria e a criança a copia. Ele é construído aos poucos, livremente, conforme a criança procura obter prazer explorando o mundo e interagindo com outras pessoas. Conforme ela brinca.

E como acontece isso? Segundo Jean Piaget (psicólogo suíço, o primeiro a estudar o processo de aquisição de entendimento das crianças) em três tipos de jogos: os de exercício, os simbólicos e os de regras, que vão surgindo conforme a criança cresce.  É o que veremos a seguir.

Jogos de exercício: cadê o toucinho que estava aqui?

Quando o bebê ainda é bem pequenininho, o mundo é ele. O resto é um monte de coisas desorganizadas a serem exploradas por meio de seus sentidos e movimentos. “E todos os movimentos que o bebê faz e que dão prazer são um ato de brincar”, diz Paula Birchal, psicóloga e professora da PUC de Minas Gerais.

Por exemplo, ele agita as mãos e acha um chocalho. Sente o objeto, pega-o e percebe que fez barulho. Então chacoalha, chacoalha até que caia no chão. E chora. Depois, agarra uma bolinha. Cheira, morde, bate e joga. A mãe pega a bola e a entrega de volta à criança, que a joga novamente, esperando que a mãe a pegue mais uma vez. É nessa repetição que está o pulo do gato. Basta que, por acaso, uma ação provoque um resultado imprevisto -e prazeroso- para que a criança comece a repeti-la. “Ela vê e faz, vê e faz, e cada vez vai fazendo melhor”, diz Paula. Com o tempo, ela percebe que novos resultados não acontecem apenas por acaso, mas que pode conseguir resultados diferentes mudando intencionalmente suas ações. Que pode combinar ações. Que suas ações podem acontecer em situações diferentes.

É assim, bem aos poucos, com repetições que levam a descobertas, e ações que levam a novas descobertas, que a criança passa a se relacionar com o mundo à volta. É por isso que Paula considera o jogo de exercício o mais fundamental dos jogos. “Se a criança não construir uma relação com o objeto lúdico, não conseguirá construir relações com o outro”, explica. Sem essa interação prazerosa, a criança ficará apática, indiferente.

Em sua tese de doutorado, Paula comparou o comportamento de crianças numa creche de Belo Horizonte onde não havia brinquedos que pudessem estimular esses jogos de exercício. Um grupo continuou como estava, e outro recebeu um kit com bolas, caixa de formas, chocalho, jogo de empilhar, livrinho e mordedores em formato de bichinhos. “Crianças sem esses objetos eram mais passivas, relacionavam-se menos. À medida que mexeram com os brinquedos, apareceu a disputa, a interação, a surpresa e o sorriso. As manifestações afetivas. O brincar promove a afetividade”.

Conforme a criança cresce -e mesmo quando o indivíduo é adulto- os “jogos de exercício” não deixam de existir. Apenas se tornam mais complexos: brinca-se não só com objetos, mas com ideias, sentimentos, pessoas, situações. Mas não deixam de existir. Paralelamente a esses jogos, outro tipo de brincadeira começa a surgir ainda por volta do primeiro ano de idade. Além de explorar algo que existe e que está diante dela, a criança passa a imitar algo que não está presente.

Jogo simbólico: faz de conta

“Tudo começa com a criança fazendo vozes de animais, imitando a mãe e o pai”, diz Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da PUC-SP.  De certa forma, a criança está brincando com o animalzinho. Mas com uma grande diferença: não é o animalzinho propriamente dito, mas alguma coisa que o substitui.

Esse é o começo do próximo tipo de jogo de Piaget: o “jogo simbólico”. Aqui entramos para o mundo da imitação, da representação, da fantasia. Do faz de conta que surge para valer por volta dos dois anos, e não para mais. São os amigos imaginários, as brincadeiras com bonecos e fantoches, os desenhos, o teatrinho. A caixa de sapato vira carro, um lençol vira cabana da selva. A criança vira mãe, médico, caminhoneiro, professor -o que quiser.

“A criança vai imitar o que ela vir. Vai conversar com amigo invisível, conversar com a boneca como se fosse pessoa, como se fosse o professor ou o colega”, diz Maria Angela. Ela começa esse tipo de jogo sozinha. Mas, conforme cresce, vai bricar com mais outras. Aí está mais um grande passo: esse jogo se tornará socializado, não só no sentido de brincar com mais crianças, mas também no de assumir vários papéis sociais, ainda que na imaginação. “A criança vai imitando tudo o que vê nos adultos, seja na família, seja nas profissões ou em outras situações que possam surgir. E isso é importante para a criança entender esses papéis”, diz Maria Angela.

A fantasia também serve para a autoestima da criança. “Ela pode errar, não chegar até o final. Mas não tem problema. O erro nunca é punido. A criança tem oportunidade de voltar a fazer de novo”, diz Maria Angela. Além disso, tem a oportunidade de criar, ir além. “Se não explorar sua imaginação, a criança vai ficar com um pensamento muito limitado, muito pouco criativo”.

Às vezes o adulto acha que o faz de conta é só um passatempo. É um grave engano. A brincadeira de faz de conta também serve para expressar aquilo que criança não consegue dizer habilmente. “Enquanto brinca com um boneco, a criança pode comunicar, por exemplo, alguma violência que sofra”, conta Maria Angela.

Até aqui, a brincadeira não obedece a regras. Até que, por volta dos cinco anos, começa a ficar claro nas brincadeiras o que vale e o que não vale. O que é perder e o que é ganhar. É quando surge o embrião dos “jogos de regras”.

Jogo de regras: levando na esportiva

Quando a criança é pequena, ela gosta de jogar bola. Primeiro, ela sente a bola. Sua cor, sua textura, sua forma. Depois, joga a bola e vê que ela quica. E acha graça. Então, transforma a bola em outra coisa: num amiguinho, no pai, na mãe, num animalzinho. Mas mesmo que ela já esteja chutando a bola com outras crianças, ela ainda não joga futebol. Se ela brincar de pelota, o dono da bola sempre vai ser vencedor, simplesmente porque ainda não há regras. Tudo pode, tudo vale. Até que, por volta dos seis anos, ela e seus amiguinhos começam a se dividir em aliados e adversários.

O seu jogo não é mais chutar a bola de um lado para o outro, mas chutá-la dentro de uma área determinada, com pessoas determinadas contra outras pessoas determinadas, com regras determinadas. Conforme aprende as regras, constrói estratégias, toma decisões, analisa erros e lida com perdas e ganhos. De pelota, passa a jogar futebol. “Ela aprende a perder, a esperar a vez dela. A lidar com a frustração, a crítica, o que vai ser fundamental para uma adolescência menos sofrida”, diz Vera Barros de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Brinquedotecas.

É então que surgem os campeonatos, desde futebol até plantar bananeira. Também se torna claro quando há justiça ou injustiça. “Quando os pais protegem um filho mais novo, o mais velho geralmente se sente trapaceado, pois o menor burla as regras”, diz Quézia Bombonatto.

Por ser tão importante para o desenvolvimento, a criança precisa praticar todo tipo de brincadeira. “Nossas crianças perderam muito do brincar: pular corda, bolinha de gude, telefone sem fio, jogos de roda. Essas brincadeiras que antigamente aconteciam na rua ficaram restritas à escola”, diz Quézia.

E não basta participar de brincadeiras. É preciso também desempenhar diferentes papéis. “Vejo crianças que ficam à mercê do grupo, e para sentir que pertencem acabam aceitando o papel do fraco. Aceitam o papel de escravo, do capacho. Enquanto as outras crianças jogam bola, elas carregam as mochilas”, diz Quézia. “Esse papel pode existir. Mas uma criança não pode jogar apenas um papel.

Reproduzido de UOL
01 set 2012

Leia também no UOL:

“Brinquedo não tem gênero: boneca e carrinho podem divertir meninos ou meninas” (30/08/12) clicando aqui.

“Brincar de mocinho e bandido pode? Saiba a opinião de especialistas” (31/08/12) clicando aqui.

Saiba mais sobre o direito ao brincar:

"O direito de brincar", por Dilan Camargo no Recanto das Letrs (17/05/09) clicando aqui.

"Declaração: o direito da criança ao brincar", por IPA, clicando aqui.

“Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança” (adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989, artigo 31, clicando aqui.

Art. 31

1 – Os Estados Partes reconhecem o direito da criança ao descanso e ao lazer, ao divertimento e às atividades recreativas próprias da idade, bem como à livre participação na vida cultural e artística.

2 – Os Estados Partes promoverão oportunidades adequadas para que a criança, em condições de igualdade, participe plenamente da vida cultural, artística, recreativa e de lazer.