quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cartilha da Lição de Casa: saiba como os pais podem participar e ajudar seus filhos a estudar melhor


“Baixe nosso Guia da Educação sobre Lição de Casa e saiba como os pais devem participar na hora da tarefa :)

É gratuito e está pronto para o download! Vamos espalhar essa ideia?”

Indicado pelo pai de aluna da escola, Prof. Sandro Livramento, via Facebook.


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Singin’in the Rain comemora 60 anos


Singin’in the Rain comemora 60 anos

Dirigido por Gene Kelly e por Stanley Donen, musical combinou graça e leveza, com humor e criatividade.

A dança, a música e o cinema comemoram juntos os 60 anos de Singin’in the Rain, dirigido pelo genial bailarino Gene Kelly e por Stanley Donen, que encabeça todas as listas de melhores musicais de todos os tempos, combinando graça e leveza, com humor e criatividade, nas mais famosas sequências de dança já vistas na tela e tudo debaixo de chuva.

Seguindo a tradição dançante da Broadway, quando o cinema ganhou som, os musicais de Hollywood fascinaram o mundo com a sua combinação de talento individual e disciplina coletiva, com audácia criativa de coreógrafos como Jerome Robbins, que juntaram arte e entretenimento em algum lugar entre o clássico e o popular.

Reunidos na compilação That’s Entertainment, os grandes musicais do cinema viraram história e se tornaram um padrão de excelência insuperável. Os musicais subiam pelas paredes e dançavam até debaixo d’água.

O mundo conheceu bailarinos geniais como Fred Astaire, que dançava tão bem com Ginger Rogers ou com outras parceiras menos talentosas e o fabuloso Gene Kelly, que não só dançou como coreografou alguns dos melhores musicais do cinema.

Mas o musical também mudou, ficou mais sensual e político com as coreografias de Bob Fosse nos anos 70 e mais divertido com Embalos de Sábado à Noite, que inaugurou a era Disco.

A última grande maravilha dos musicais foi o Moulin Rouge de Baz Luhrmann, com coreografias sensacionais para novas versões de clássicos do pop.

Hoje qualquer clip de Madonna, Lady Gaga ou Christina Aguillera tem números de dança espetaculares, com mais produção do que os velhos musicais. Mas ninguém se impressiona mais com a graça e a precisão dos bailarinos, as coreografias ficaram todas parecidas. É por isso que as sequências de dança do sexagenário Singin’in the Rain estão cada vez melhores.

Reproduzido de G1
21 set 2012


Turma 81 (Artes, Prof. Pedro Cabral Flho) assistindo cena com Gene Kelly na SI

Singin’in the Rain
Direção de Stanley Donen e Gene Kelly
Ano de produção: 1952
Estados Unidos

Singin' In The Rain
Gene Kelly

I'm singing in the rain
Just singin' in the rain
What a glorious feeling
I'm happy again
I'm laughing at clouds
So dark up above
The sun's in my heart
And I'm ready for love
Let the stormy clouds chase
Everyone from the place
Come on with the rain
I have a smile on my face
I walk down the lane
With a happy refrain
Just Singin', singin' in the rain
Dancing in the rain
I'm happy again
I'm singin' and dancin' in the rain
I'm dancin' and singin' in the rain

Cantando Na Chuva
Gene Kelly

Eu estou cantando na chuva
Apenas cantando na chuva
Que sentimento glorioso
Estou feliz novamente
Estou sorrindo das nuvens
Tão escuras lá em acima
O sol está em meu coração
E estou pronto para o amor
Deixe as nuvens perseguirem
Todos do lugar
Vamos com a chuva
Tenho um sorriso em meu rosto
Eu passeio rua abaixo
Com um refrão feliz
Apenas cantando, cantando na chuva.
Dançando na chuva
Eu estou feliz novamente
Estou cantando e dançando na chuva
Estou dançando e cantando na chuva.

domingo, 23 de setembro de 2012

Na segunda e terça-feira tem aula, pessoal!


PIBID Educação Física UFSC na Escola Beatriz



PIBID Educação Física UFSC

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência da CAPES

O subprojeto PIBID/Educação Física da UFSC estará em vigor até o mês de julho de 2013. O PIBID/UFSC tem como objetivo fomentar experiências metodológicas e práticas docentes de caráter inovador, que utilizem recursos de tecnologia da informação e da comunicação, e que se orientem para a superação de problemas identificados no processo ensino-aprendizagem, valorizando o espaço da escola pública como campo de experiência para a construção do conhecimento na formação de professores para a educação básica.

Conheça o Blog do PIBID Educação Física UFSC clicando aqui.



Reunião com os estagiários de Educação Física, PIBID Educação Física UFSC coordenado pelo prof. Fábio Machado Pinto (Bagé) e, na Escola Beatriz pela a Profa. Gisela (20 set 2012). Foto: Leo Nogueira

Workshop de Hóquei com Thiago Pacheco, atleta da Seleção Brasileira de Hóquei Sobre Grama



Workshop de Hóquei com Thiago Pacheco, atleta da Seleção Brasileira de Hóquei Sobre Grama

Os alunos das turmas 61 e 71 da Escola Beatriz de Souza Brito realizaram nesta sexta-feira (21/09) um Workshop de Hóquei, durante a aula de Educação Física. Quem ministrou o Workshop foi o fomentador do esporte na região Thiago Pacheco, também atleta da Seleção Brasileira de Hóquei Sobre Grama.

Antes de praticar a modalidade, durante a semana, os alunos estudaram a modalidade através de vídeos e texto sobre o Hóquei Sobre a Grama.

Agradecemos à Confederação Brasileira de Hóquei Sobre Grama, ao Thiago Pacheco e ao Leo Nogueira, pelo apoio na realização e preparação para a aula.

Profa. Lorena

Fotos: Profa. Lorena


Saiba mais sobre a Confederação Brasileira de Hóquei Sobre Grama (CBHG) e as regras do esporte clicando aqui e, a Confederação internacional de Hóquei clicando aqui.

O HÓQUEI

O Hóquei Sobre a Grama é um esporte presente nas Olimpíadas de Verão. O jogo foi 'criado' pelos ingleses em finais do século XIX. Até os anos 70, Índia e Paquistão foram as grandes potências da modalidade. Atualmente, o hóquei já se popularizou no mundo, não só como um esporte masculino, mas também, feminino.

O hóquei sobre a grama estreou nos Jogos Olímpicos em Londres-1908, naquela época como um esporte de exibição disputado apenas por homens. Só em Amsterdã-1928 que a modalidade passou a contar com um quadro oficial de medalhas. A presença feminina nas competições passou a ocorrer nos jogos de 1980, em Moscou.

Nos EUA e Argentina, por exemplo, o número de mulheres praticantes do hóquei superou ao dos homens.

Seleção Brasileira de Hóquei Sobre a Grama 2012 (Masculino)

No Brasil, somente na década de 80 os primeiros atletas federados começaram a ingressar em campeonatos no exterior. Na década seguinte, o Brasil passou a participar regularmente de torneios continentais como o Caribbean International Hockey Tournament (VEN), o Torneio de La Plata (ARG) e o Torneo Internacional Mercosur (URU).

Porém, a estreia da primeira seleção brasileira de hóquei sobre a grama aconteceu em Santiago, no Chile, em 1998, quando ocorreu o 5º Campeonato Sul-Americano.

Seleção Brasileira de Hóquei Sobre a Grama 2012 (Feminino)

Em 2007, o primeiro campo oficial de hóquei sobre a grama foi construído no país. O campo foi estruturado no Complexo Esportivo de Deodoro, no Rio de Janeiro, para os XV Jogos Pan-Americanos.

No mesmo campo ocorreu, em abril de 2010, o 7º Campeonato Sul-Americano de Hóquei Sobre a Grama, que teve a participação das equipes de homens e mulheres do Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela e Brasil.

Fonte: CBHG

Classificação Indicativa terá aplicativo para celular e tablet



Classificação Indicativa terá aplicativo para celular e tablet

Redação
Andi - Agência de Notícias dos Direitos da Infância/portal-epcom-001
20/09/2012

A UNESCO estendeu até dia 24 de setembro o prazo para contratação de empresa especializada para desenvolvimento de aplicativo pedagógico sobre a Classificação Indicativa para celulares e tablets. O edital integra o projeto Liberdade de Expressão, Educação para a Mídia da Secretaria Nacional de Justiça e tem o objetivo preparar novos instrumentos de disseminação das informações sobre o conteúdo de produtos audiovisuais. O aplicativo servirá de alerta aos pais ou responsáveis sobre a adequação da programação audiovisual à idade de crianças e adolescentes.

O projeto tem parceria com o Ministério da Educação que deverá oferecer novas tecnologias para a aproximação entre professores e alunos principalmente com o auxílio da Internet. A ideia é facilitar o acesso a novos conteúdos e mídias sociais, com o desenho adequado da ferramenta de forma a prever estratégias pedagógicas, que devem ser consideradas no ensino e na aprendizagem.

O aplicativo deve ser desenvolvido em versão compatível aos Tablets com tamanho de tela entre "6 à 12". As especificações são livres e os sistemas operacionais devem ser Android 4.0.1 e, IOS 5 e Windows 7.5 e atualizações. Além dos requisitos técnicos, a ferramenta deve apresentar conteúdos da Classificação Indicativa como descritos na Cartilha e no Guia Prático da Classificação Indicativa.

Reproduzido de Clipping FNDC
20 set 2012

Saiba mais sobre a Classificação Indicativa no Blog “Telejornais e Crianças no Brasil”, clicando nos links/enlaces da barra de “menu” à direita.

Conheça na página do Ministério da Justiça a campanha que alerta os pais sobre a importância da classificação indicativa, clicando aqui.

Artigo de Luana Luizy no Observatório do Direitos à Comunicação  sobre a nova campanha do Ministério da Justiça clicando aqui.

Confira o documento “Mídia e infância: O impacto da exposição de crianças e adolescentes a cenas de sexo e violência na TV”, produzido pela ANDI e pelo Intervozes clicando aqui.

Saiba mais sobre a classificação indicativa e a ADI 2404 clicando aqui.

Veja o artigo “Classificação Indicativa para poucos”, escrito por Isabella Henriques clicando aqui.

Leia na página do Portal ANDI "Classificação Indicativa: STF julga ação do PTB e ABERT que questiona a constitucionalidade do ECA"  clicando aqui;

E, também:

"Classificação Indicativa para poucos", clicando aqui.

“Votação de ADI que questiona Classificação Indicativa continua no STF” clicando aqui.

“Guia médico sobre violência na mídia” do Physician Guide to Media Violence da American Medical Association (1996), clicando aqui



MEC avaliará programas que usam TI nas escolas


Hay que ser alegre, mesmo com 50 alunos por computador...

MEC avaliará programas que usam TI nas escolas

Redação
Tele Síntese
19/09/2012

Piloto começará em Brasília (DF) em outubro e versão nacional está prevista para 2013

O Ministério da Educação está preparando via Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) um censo em todas as escolas com quem mantém programas para avaliar o uso de tecnologia. Segundo uma fonte inteirada do assunto, o Ministério quer saber a efetividade, por exemplo, do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) e do Um Computador por Aluno (UCA), entre outros.

Um piloto deste censo começará em outubro, em Brasília (DF), de forma a evitar problemas em momento de processo eleitoral, e deverá levar uma semana. Serão entrevistados professores, diretor e coordenador pedagógico. Se aprovado o piloto, o censo passará a ser nacional, se tudo correr bem, já no início de 2013.

A metodologia da pesquisa ainda está sendo desenhada pelo FNDC, juntamente com parceiros e, segundo fonte, deve ser baseada na metodologia da pesquisa TIC Educação, do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

A assessoria de imprensa do FNDE informou que não tem conhecimento de nenhum planejamento do órgão para pesquisar recursos tecnológicos nas escolas brasileiras, financiados pelo MEC.

Reproduzido de Tele Síntese via FNDC
19 set 2012

Foto: Leo Nogueira . Alunos da Escola Beatriz na Sala Informatizada, 20 set 2012.

domingo, 16 de setembro de 2012

Van Gogh: para contemplar "O Escolar" no MASP...


O Escolar

Vincent van Gogh, 1888, óleo sobre tela, 63,5 x 54 cm.
Museu de Arte de São Paulo, São Paulo/Brasil.

Também conhecida como “O filho do Carteiro”, Camille Roulin.
Informações na Wikipedia clicando aqui.

A arte acadêmica valorizava temas históricos, religiosos e mitológicos. A pintura nos gêneros de Paisagem e Retratos, quando retratava pessoas comuns, eram considerados gêneros inferiores. No século XIX, os pintores ligados ao Romantismo e ao Impressionismo recuperaram a paisagem como um gênero de pintura de primeira ordem. Por sua vez, Van Gogh trabalhou muito em retratos e auto-retratos. Produziu cerca de 40 auto-retratos - um número inferior apenas ao de Rembrandt. Realizou inúmeros retratos da família Roulin: o pai, O carteiro Roulin (1888); sua esposa, La Berceuse (1889); e O bebê Marcelle Roulin. O Escolar é o retrato de Camille Roulin, outro filho de seu amigo carteiro, pintado de memória.

Nesta pintura observa-se a busca expressionista do artista, empregando cores fortes e pinceladas bem marcadas, no lugar do uso de cores naturalistas. Van Gogh pintava como sentia aquilo que seus olhos enxergavam, e usava a cor para essa expressão - por isso a aparente forma arbitrária de sua colocação. O fundo vermelhão gera, com o azul claro e luminoso da blusa, uma carga intensa de vida na figura do menino. Mas seu olhar, dirigido para baixo, demonstra um certo acanhamento. Há uma tensão presente, criada pelo contraste entre a vivacidade das cores e uma certa tristeza presente em seu olhar, assim como entre a forte expressão da imagem da criança e o sentido romântico da infância, cuja simbologia está associada à inocência, à idéia de pureza, de natureza intocada. A dor que vemos dramatizada na representação deformada da mão do menino é tão intensa quanto aquela que as palavras de Van Gogh mostram que ele viveu. Em tal medida, impera aqui uma máxima artística: uma obra, de forma representativa ou não, é sempre um auto-retrato de seu autor.

Quando Van Gogh esteve internado em um hospício, em Saint-Rémy, as crises de alucinações às vezes chegavam em meio a sessões de pintura. Apesar de toda a dor que a consciência da doença lhe causava, o artista entendia que a pintura era o seu melhor remédio. O trabalho sempre o absorveu completamente e sua paixão interior encontrou na arte a válvula de descompressão, o que lhe permitiu seguir adiante. Ele era um apaixonado pela natureza e pela vida das pessoas simples. Num desses difíceis momentos, após superar uma das crises, escreveu a Théo: "Pois bem, sabe o que espero, uma vez que recomeço a ter esperanças? É que a família seja para você o que para mim é a natureza, os torrões de terra, a relva, o trigo amarelo, o camponês, ou seja, que você encontre em seu amor pelas pessoas motivo não só para trabalhar mas com que se consolar e reerguer-se, quando necessário".

Fonte: Casthalia

Leia mais sobre a obra na dissertação de Giovana Deliberali Maimone, “Estudo do tratamento informacional de imagens artístico-pictóricas: cenário paulista – análise e propostas” (PUC Campinas, 2007) da página 96 a 101, clicando aqui.

O Direito de Sonhar...


El Derecho al Delirio . O Direito de Sonhar

Eduardo Galeano


No século vinte e um,
se ainda estamos aqui,
todos nós seremos gente do século passado
e, pior ainda, seremos gente do milênio passado.

Ainda não podemos adivinhar o tempo que será,
sim que temos, ao menos, o direito de imaginar
o que queremos que seja.

As Nações Unidas proclamaram
extensas listas de direitos humanos,
mas a imensa maioria da humanidade
não tem mais que o direito
de ver, ouvir e calar.

Que tal se começarmos a exercer o jamais proclamado
direito de sonhar?

Que tal se deliramos por um tempinho,
ao fim do milênio?

vamos fixar os olhos mais além da infâmia
para adivinhar outro mundo possível:

O ar estará limpo de todo veneno que não venha
dos medos humanos e das humanas paixões.

As pessoas não serão dirigidas pelo automóvel,
nem serão programadas pelo computador,
nem serão compradas pelo supermercado,
nem serão assistidas pelo televisor.

O televisor deixará de deixar de ser
o membro mais importante da família.

As pessoas trabalharão para viver,
em lugar de viver para trabalhar.

Se incorporará aos códigos penais
o delito de estupidez,
que cometem os que
vivem para ter ou para ganhar,
em vez de viver
por viver e só.

Como canta o pássaro,
sem saber que canta,
e como brinca a criança,
sem saber que brinca.

Em nenhum país irão presos os rapazes
que se neguem a cumprir o serviço militar,
mas os que queiram cumpri-lo.

Os economistas não chamarão nível de vida
ao nível de consumo;
nem chamarão qualidade de vida
à quantidade de cosas.

Os cozinheiros não mais acreditarão
que as lagostas adoram que as fervam vivas.

Os historiadores não acreditarão mais
que os países adoram ser invadidos.

O mundo já não estará em guerra contra os pobres,
mas contra a pobreza.

E a industria militar não terá mais remédio
que declarar-se falida.

A comida não será uma mercadoria,
nem a comunicação um negócio.

Porque a comida e a comunicação
são direitos humanos.

Ninguém morrerá de fome,
porque ninguém morrerá de indigestão.

As crianças de rua não serão tratados
como se fossem lixo,
porque não haverá crianças de rua.

As crianças ricas não serão tratadas
como se fossem dinheiro,
porque não haverá crianças ricas.

A educação não será o privilégio
dos que possam pagá-la,
e a polícia não será a maldição
de quem não pode comprá-la.

A justiça e a liberdade,
irmãs siamesas,
condenadas a viver separadas,
voltarão a juntar-se,
voltarão a juntar-se bem grudadinhas,
costa contra costa.

Na Argentina, as loucas da praça de maio
serão um exemplo de saúde mental,
porque elas se negarão a esquecer
os tempos da amnésia obrigatória.

A perfeição,
a perfeição continuará sendo
o aborrecido privilégio dos deuses.

Mas neste mundo,
neste mundo desajeitado e fodido,
cada noite será vivida
como se fosse a última,
e cada dia como se fosse o primeiro.

Bibliografia 
Eduardo Galeano, Patas Arriba, Buenos Aires, dezembro de 1998.

Fonte: Radialistas

Eduardo Hughes Galeano  (Montevidéu, 3 de setembro de 1940) é um jornalista e escritor uruguaio. É autor de mais de quarenta livros, que já foram traduzidos em diversos idiomas. Suas obras transcendem gêneros ortodoxos, combinando ficção, jornalismo, análise política e História.

“As Veias Abertas da América Latina” é sua obra mais conhecida e de maior relevância. A obra de Eduardo Galeano nos leva a olhar para o passado que temos vivido e que futuro estamos desejando para nossos descendentes.


sábado, 15 de setembro de 2012

Robinson Crusoe chega à Ilha de Santa Catarina e visita a Escola Beatriz


O Professor e Artista Roque Vitório Pereira (Biblioteca), apresenta para a Turma 61 o monólogo de "Robinson Crusoe", baseado no romance de Daniel Defoe publicado em 1719 no Reino Unido.   Depois desse encontro no auditório da escola (14/09/12), o personagem passeia pelas salas e, promete voltar para outros encontros com os alunos e alunas, ciceroneado pela Profa. Ângela Beirith. Seja bem-vindo, Robinson!





A aventura do verdadeiro Robinson Crusoé

O famoso náufrago do romance de Daniel Defoe, realmente existiu. Mas ele desembarcou do navio por vontade própria e viveu por mais de quatro anos em uma ilha da América do Sul

Por Yvan Matagon
História Viva
Edição 52
Fevereiro de 2008

Na pequena Bristol de 1714, todo domingo se via passar pelas ruas um senhor vestido de preto. Por baixo do casaco, o inglês exibia mangas rendadas. Usava uma peruca volumosa e a espada atada à cinta. Entrava nas tabernas para conversar com os operários e marinheiros. Ninguém sabia seu nome, nem o que fazia nos outros dias da semana. Quando o domingo chegava ao fim, ele desaparecia.

Esse comportamento bem peculiar lhe valeu a alcunha de “Gentleman Sunday”, o Cavalheiro Domingo. Almoçava invariavelmente na pensão Leão Vermelho, frequentada por gente muito esquisita. Num domingo como outro qualquer, entrou nesse estabelecimento um homem vestido de pele de cabra, gorro e botas de cano alto. O Cavalheiro Domingo e o “selvagem” logo simpatizaram e fizeram amizade. Passaram a ouvir juntos o sermão noturno. Ambos eram crentes fervorosos.

Todos conheciam o tal selvagem. Os jornais de Londres já haviam relatado sua extraordinária aventura e ele mesmo contou-a minuciosamente ao Cavalheiro Domingo naquela noite. Seu nome era Alexander -Selkirk. Nascido em 1676 em Largo, na Escócia, foi o sétimo filho de um próspero – mas turrão – artesão de peles. Não queria ser comerciante como o pai por nada neste mundo. Aos 19 anos, recebeu uma condenação por indecência pública por namorar na igreja e decidiu fugir da cidade. Embarcou então em busca de novos horizontes.

Atraído pelo mar, Selkirk preferiu os corsários à Marinha britânica. Apesar de mais arriscada, a carreira era mais bem remunerada. Ele participou da expedição dos capitães Stradling e Dampier numa campanha que prometia muito lucro. Depois de vários meses, no entanto, eles não fizeram nenhuma pilhagem. William Dampier, capitão do São Jorge, revelou-se melhor etnógrafo que pirata. Célebre explorador e navegante talentoso, escreveu diversas obras, entre as quais Discurso sobre os ventos, acerca das correntes e dos ventos marítimos, que seria utilizada depois pelo capitão James Cook e pelo almirante Horatio Nelson.

Saiba mais dessa aventura clicando na página de “História Viva” clicando aqui.
Capa da primeira edição (Wikipedia)



Turma 61 assiste atenta ao monólogo e, depois posa junto para fotografia com o Artista Roque Vitório Pereira (Biblioteca) após sua apresentação no auditório da Escola Beatriz (14/09/12)

Conheça "Robinson Crusoe" de Daniel Defoe no Virtual Books clicando aqui.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

2a. Fase da OBMEP: Prova dia 15 de setembro (sábado) às 14:30 h.


Os alunos da Escola Beatriz, abaixo, deverão se apresentar no Colégio de Aplicação/UFSC, onde farão a prova, devendo chegar ao local com pelo menos 30 minutos de antecedência. Levem o cartão informativo e um documento original de identidade (RG/Carteira de Identidade, certidão de nascimento ou carteira escolar):

Cecieli Pereira de Oliveira
Geovane Orli Cipriano dos Santos
Jennifer Vieira Domingues
João Carneiro Haas
João Lucas Costa da Silva
João Victor Goulart
Josieli Rodrigues Fernandes
Mateus Caleb Rodrigues Rosa
Roger Andrade de Anselmo
Vito Carneiro Tonera
Yurhy Fernandes de Melo

Boa prova!



Com o Diretor da Escola Beatriz, Prof. Edilton Piacentini, alunos e alunas preparados para a prova no Colégio de Aplicação/UFSC

domingo, 2 de setembro de 2012

Fábulas: Monteiro Lobato em quadrinhos


Boa dica para a Biblioteca da Escola

No Sítio do Picapau Amarelo estão todos reunidos em volta de Dona Benta:Pedrinho, Narizinho, Emília e o Visconde. Claro, nem é preciso muito esforço para adivinhar – ela está contando histórias, e dessa vez lê um livro de fábulas, aqueles contos nos quais os animais aparecem como protagonistas, e que sempre trazem uma boa lição. Assim começa o livro que traz a turma criada por Monteiro Lobato no formato de quadrinhos, adaptado pelo desenhista Miguel Mendes.

A história começa com a fábula “A Cigarra e a Formiga”, esta com dois finais diferentes, um deles proposto pela Narizinho (no qual tudo termina bem) e outro pela Emília (e aí a coisa é diferente). Depois, vem o conto do homem que queria reformar a natureza, trocando as frutas de lugar… e olha que a boneca de pano concorda com tudo! Tem a história do velho e do menino que vão até a cidade vender uma mulinha, mas ouvem demais a opinião dos outros pelo caminho e acabam se atrapalhando. E seguem os ratinhos que queriam colocar um guizo no gato, o galo e a raposa, o lobo e o cordeiro… Uma série de fábulas contadas de maneira curta, direta e com desenhos que as crianças adoram; sempre com a intervenção esperta dos personagens do Sítio. A boa Tia Nastácia e o rinoceronte Quindim também vão entrar nessa diversão.

Para que as boas histórias não acabem nunca, é preciso que elas sejam recontadas com imaginação e com frescor. E é isto que os pequenos leitores encontram nesta versão. Pais, tios e avós que cresceram ouvindo a sabedoria e a graça dessas narrativas milenares, agora têm a oportunidade de compartilhá-las com suas crianças, num raro momento de intimidade. E aí é possível verificar como o encantamento dos livros resiste até mesmo ao mundo virtual , mas que às vezes deixa tão pouco tempo para o convívio familiar…

Reproduzido de Zine Brasil
19 ago 2012

"Caixa Monteiro Lobato em Quadrinhos"
Idade: A partir de 8 anos
Editora: Globinho

Autor: Monteiro Lobato

Adaptações: Denise Ortega, Stil, Miguel Mendes, André Simas
Ilustradores: Fernando Arcon, Luiz Podavin, Arcon, Cor e Imagem
Ano da edição: 2012

Leia mais sobre a coleção:

“Lançamento reúne livros de Monteiro Lobato e transforma aventuras do "Sítio" em HQ”, por Denise de Almeida (UOL Crianças 01/09/12), clicando aqui.

As redes de televisão no Brasil apresentaram várias versões do “Sítio” no decorrer dos últimos 50 anos. Na Rede Tupi (1952/1962); na TV Cultura (1964); na Band (1967/1969); a primeira “série” na Rede Globo (1977/1986) e a segunda (2001/2007) e, atualmente (2012) a “série de animação” produzida pela Rede Globo e Mixer. Conheça a página da “série de animação” clicando aqui.

Rede Tupi . 1957



Rede Globo . 1977



Rede Globo . 2001/2007



Rede Globo . 2012

Escola Beatriz: bem te vi revendo e reencantando o mundo...


Uma escola revendo
e reencantando o mundo...
bem te vendo
e bem te querendo nesse Mundo...

1963/2013
50 anos da Escola Beatriz

Sol de Primavera

Beto Guedes
(Beto Guedes e Ronaldo Bastos 1979)

Quando entrar setembro
e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando
as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
no que falta sonhar
Já choramos muito,
muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
uma nova  canção
que venha nos trazer
Sol de primavera
abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor
só nos resta aprender...


Bem te vi

Paulinho Pedra Azul
(Jardim de Fantasia 1982)

Bem te vi,
bem te vi andar por um jardim em flor
chamando os bichos de amor,
tua boca pingava mel
Bem te quis, bem te quis
e ainda quero muito mais
Maior que a imensidão da paz
bem maior que o sol

Onde estás?
Voei por este céu azul
Andei estradas do além,
onde estará meu bem?
Onde estás?
Nas nuvens ou na insensatez?
Me beije só mais uma vez,
depois volte pra lá...


Bem te vi

O bem-te-vi (Brasil) ou grande-kiskadi (Portugal) é uma ave passeriforme da família dos tiranídeos de nome científico Pitangus sulphuratus, que provêm de pitanga guassu, ou seja, pitanga grande, forma pela qual os índios brasileiros tupi-guarani o chamavam; e do latim sulphuratus, pela cor amarela como enxofre no ventre da ave. A espécie é ainda conhecida pelos índios como pituã, pitaguá ou puintaguá. Outras apelações existentes são triste-vida, bentevi, bem-te-vi-verdadeiro, bem-te-vi-de-coria, tiuí, teuí, tic-tiui e siririca (somente para fêmeas). A versão portuguesa da palavra se assemelha com a anglófona: great kiskadee. Na Argentina é conhecido como bichofeo, vinteveo e benteveo; na Bolívia como frío; e na Guiana Francesa como quiquivi ou qu'est-ce qu'il dit.

Fonte: Wikipedia

sábado, 1 de setembro de 2012

O Direito da Criança ao Brincar

Aula de Educação Física com a Profa. Lorena na Escola Beatriz

Pesquisadores sustentam que brincar é fundamental; entenda por quê

Maurício Horta
Do UOL, em São Paulo

Os amigos imaginários, as brincadeiras com bonecos e fantoches, os desenhos, e todo o mundo da representação surgem por volta dos dois anos e não param mais

Qualquer que seja a cultura ou a época, a criança brinca. Desde o bebê que põe na boca todo objeto que vê na frente até as crianças que jogam vôlei na rua, qualquer criança saudável sente prazer em brincar. Mas qual a importância disso? Em resumo, a brincadeira constrói a mente. “O brincar desenvolve a percepção, a coordenação motora, a criatividade, o vocabulário, a afetividade e o vínculo com o outro”, diz Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

Acontece que não somos como um computador: não nascemos com algum tipo de programa pré-instalado que nos permita, de cara, reconhecer e entender o que está à sua volta, comunicar-se, criar novas coisas, lidar com suas emoções e obedecer a regras. E esse “programa” tampouco pode ser instalado de cima para baixo, como em uma sala de aula onde o professor dita uma matéria e a criança a copia. Ele é construído aos poucos, livremente, conforme a criança procura obter prazer explorando o mundo e interagindo com outras pessoas. Conforme ela brinca.

E como acontece isso? Segundo Jean Piaget (psicólogo suíço, o primeiro a estudar o processo de aquisição de entendimento das crianças) em três tipos de jogos: os de exercício, os simbólicos e os de regras, que vão surgindo conforme a criança cresce.  É o que veremos a seguir.

Jogos de exercício: cadê o toucinho que estava aqui?

Quando o bebê ainda é bem pequenininho, o mundo é ele. O resto é um monte de coisas desorganizadas a serem exploradas por meio de seus sentidos e movimentos. “E todos os movimentos que o bebê faz e que dão prazer são um ato de brincar”, diz Paula Birchal, psicóloga e professora da PUC de Minas Gerais.

Por exemplo, ele agita as mãos e acha um chocalho. Sente o objeto, pega-o e percebe que fez barulho. Então chacoalha, chacoalha até que caia no chão. E chora. Depois, agarra uma bolinha. Cheira, morde, bate e joga. A mãe pega a bola e a entrega de volta à criança, que a joga novamente, esperando que a mãe a pegue mais uma vez. É nessa repetição que está o pulo do gato. Basta que, por acaso, uma ação provoque um resultado imprevisto -e prazeroso- para que a criança comece a repeti-la. “Ela vê e faz, vê e faz, e cada vez vai fazendo melhor”, diz Paula. Com o tempo, ela percebe que novos resultados não acontecem apenas por acaso, mas que pode conseguir resultados diferentes mudando intencionalmente suas ações. Que pode combinar ações. Que suas ações podem acontecer em situações diferentes.

É assim, bem aos poucos, com repetições que levam a descobertas, e ações que levam a novas descobertas, que a criança passa a se relacionar com o mundo à volta. É por isso que Paula considera o jogo de exercício o mais fundamental dos jogos. “Se a criança não construir uma relação com o objeto lúdico, não conseguirá construir relações com o outro”, explica. Sem essa interação prazerosa, a criança ficará apática, indiferente.

Em sua tese de doutorado, Paula comparou o comportamento de crianças numa creche de Belo Horizonte onde não havia brinquedos que pudessem estimular esses jogos de exercício. Um grupo continuou como estava, e outro recebeu um kit com bolas, caixa de formas, chocalho, jogo de empilhar, livrinho e mordedores em formato de bichinhos. “Crianças sem esses objetos eram mais passivas, relacionavam-se menos. À medida que mexeram com os brinquedos, apareceu a disputa, a interação, a surpresa e o sorriso. As manifestações afetivas. O brincar promove a afetividade”.

Conforme a criança cresce -e mesmo quando o indivíduo é adulto- os “jogos de exercício” não deixam de existir. Apenas se tornam mais complexos: brinca-se não só com objetos, mas com ideias, sentimentos, pessoas, situações. Mas não deixam de existir. Paralelamente a esses jogos, outro tipo de brincadeira começa a surgir ainda por volta do primeiro ano de idade. Além de explorar algo que existe e que está diante dela, a criança passa a imitar algo que não está presente.

Jogo simbólico: faz de conta

“Tudo começa com a criança fazendo vozes de animais, imitando a mãe e o pai”, diz Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da PUC-SP.  De certa forma, a criança está brincando com o animalzinho. Mas com uma grande diferença: não é o animalzinho propriamente dito, mas alguma coisa que o substitui.

Esse é o começo do próximo tipo de jogo de Piaget: o “jogo simbólico”. Aqui entramos para o mundo da imitação, da representação, da fantasia. Do faz de conta que surge para valer por volta dos dois anos, e não para mais. São os amigos imaginários, as brincadeiras com bonecos e fantoches, os desenhos, o teatrinho. A caixa de sapato vira carro, um lençol vira cabana da selva. A criança vira mãe, médico, caminhoneiro, professor -o que quiser.

“A criança vai imitar o que ela vir. Vai conversar com amigo invisível, conversar com a boneca como se fosse pessoa, como se fosse o professor ou o colega”, diz Maria Angela. Ela começa esse tipo de jogo sozinha. Mas, conforme cresce, vai bricar com mais outras. Aí está mais um grande passo: esse jogo se tornará socializado, não só no sentido de brincar com mais crianças, mas também no de assumir vários papéis sociais, ainda que na imaginação. “A criança vai imitando tudo o que vê nos adultos, seja na família, seja nas profissões ou em outras situações que possam surgir. E isso é importante para a criança entender esses papéis”, diz Maria Angela.

A fantasia também serve para a autoestima da criança. “Ela pode errar, não chegar até o final. Mas não tem problema. O erro nunca é punido. A criança tem oportunidade de voltar a fazer de novo”, diz Maria Angela. Além disso, tem a oportunidade de criar, ir além. “Se não explorar sua imaginação, a criança vai ficar com um pensamento muito limitado, muito pouco criativo”.

Às vezes o adulto acha que o faz de conta é só um passatempo. É um grave engano. A brincadeira de faz de conta também serve para expressar aquilo que criança não consegue dizer habilmente. “Enquanto brinca com um boneco, a criança pode comunicar, por exemplo, alguma violência que sofra”, conta Maria Angela.

Até aqui, a brincadeira não obedece a regras. Até que, por volta dos cinco anos, começa a ficar claro nas brincadeiras o que vale e o que não vale. O que é perder e o que é ganhar. É quando surge o embrião dos “jogos de regras”.

Jogo de regras: levando na esportiva

Quando a criança é pequena, ela gosta de jogar bola. Primeiro, ela sente a bola. Sua cor, sua textura, sua forma. Depois, joga a bola e vê que ela quica. E acha graça. Então, transforma a bola em outra coisa: num amiguinho, no pai, na mãe, num animalzinho. Mas mesmo que ela já esteja chutando a bola com outras crianças, ela ainda não joga futebol. Se ela brincar de pelota, o dono da bola sempre vai ser vencedor, simplesmente porque ainda não há regras. Tudo pode, tudo vale. Até que, por volta dos seis anos, ela e seus amiguinhos começam a se dividir em aliados e adversários.

O seu jogo não é mais chutar a bola de um lado para o outro, mas chutá-la dentro de uma área determinada, com pessoas determinadas contra outras pessoas determinadas, com regras determinadas. Conforme aprende as regras, constrói estratégias, toma decisões, analisa erros e lida com perdas e ganhos. De pelota, passa a jogar futebol. “Ela aprende a perder, a esperar a vez dela. A lidar com a frustração, a crítica, o que vai ser fundamental para uma adolescência menos sofrida”, diz Vera Barros de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Brinquedotecas.

É então que surgem os campeonatos, desde futebol até plantar bananeira. Também se torna claro quando há justiça ou injustiça. “Quando os pais protegem um filho mais novo, o mais velho geralmente se sente trapaceado, pois o menor burla as regras”, diz Quézia Bombonatto.

Por ser tão importante para o desenvolvimento, a criança precisa praticar todo tipo de brincadeira. “Nossas crianças perderam muito do brincar: pular corda, bolinha de gude, telefone sem fio, jogos de roda. Essas brincadeiras que antigamente aconteciam na rua ficaram restritas à escola”, diz Quézia.

E não basta participar de brincadeiras. É preciso também desempenhar diferentes papéis. “Vejo crianças que ficam à mercê do grupo, e para sentir que pertencem acabam aceitando o papel do fraco. Aceitam o papel de escravo, do capacho. Enquanto as outras crianças jogam bola, elas carregam as mochilas”, diz Quézia. “Esse papel pode existir. Mas uma criança não pode jogar apenas um papel.

Reproduzido de UOL
01 set 2012

Leia também no UOL:

“Brinquedo não tem gênero: boneca e carrinho podem divertir meninos ou meninas” (30/08/12) clicando aqui.

“Brincar de mocinho e bandido pode? Saiba a opinião de especialistas” (31/08/12) clicando aqui.

Saiba mais sobre o direito ao brincar:

"O direito de brincar", por Dilan Camargo no Recanto das Letrs (17/05/09) clicando aqui.

"Declaração: o direito da criança ao brincar", por IPA, clicando aqui.

“Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança” (adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989, artigo 31, clicando aqui.

Art. 31

1 – Os Estados Partes reconhecem o direito da criança ao descanso e ao lazer, ao divertimento e às atividades recreativas próprias da idade, bem como à livre participação na vida cultural e artística.

2 – Os Estados Partes promoverão oportunidades adequadas para que a criança, em condições de igualdade, participe plenamente da vida cultural, artística, recreativa e de lazer.