quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
domingo, 24 de fevereiro de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Abertas as inscrições para a 12ª. Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis
12ª.
Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis
28
de junho a 14 de julho de 2013
Florianópolis
Estão
abertas as inscrições para a 12ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis,
que ocorre de 28 de junho a 14 de julho no Teatro Governador Pedro Ivo Campos,
na capital catarinense. Podem participar da seleção curtas-metragens nacionais
de todos os gêneros e formatos, direcionados ao público infanto-juvenil e
inéditos em Santa Catarina.
Todo o processo é
online, incluindo o envio de cópias dos filmes. O prazo de inscrições vai até o
dia 21 de março e a relação das obras selecionadas será divulgada a partir de
23 de abril. O Melhor Filme eleito pelo Júri Oficial e o Melhor Filme escolhido
pelo público infantil receberão o prêmio aquisição da TV Brasil no valor de R$
10 mil cada um.
“Desde 2008, os curtas
da Mostra Competitiva são também encaminhados para a Programadora Brasil, que
seleciona títulos para este projeto do governo federal, e faz circular o cinema
brasileiro em escolas, universidades, cineclubes e centros culturais”, diz
Luiza Lins, diretora da Mostra.
Além dos curtas
nacionais, o festival exibe curtas e longas-metragens internacionais, médias e
longas brasileiros nas sessões especiais e de pré-estreias. Na última edição,
mais de 120 mil crianças participaram do evento, que tem como objetivo a
inclusão social, o fortalecimento e a circulação do cinema infantil brasileiro.
A Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis é uma realização da Lume Produções
Culturais com apoio do Núcleo de Ação Integrada e patrocinadores.
O regulamento e a
ficha de inscrição podem ser acessados clicando aqui.
Reproduzido de Revistapontocom
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Jornal Notícias do Beatriz . Ano 2 . No. 2 . Dez 2012
É
com grande prazer e satisfação que divulgamos a terceira edição do jornal “Notícias do Beatriz” à comunidade escolar.
O
jornal foi resultado de um projeto executado pelas estagiárias da 8ª fase do
curso de Letras Português, como atividade extraclasse da disciplina Estágio de
Ensino de Língua Portuguesa e Literatura I, da Universidade Federal de Santa
Catarina. Para tanto, contamos com o empenho da equipe do jornal, composta por
adolescentes do 6º ao 9º ano.
Por
acreditarmos que o jornal escolar é uma excelente estratégia para que os textos
dos alunos ultrapassem os limites da sala de aula e até mesmo da escola,
pretendeu-se, com o projeto, despertar nos alunos o gosto pela leitura e
escrita, aproximá-los de gêneros textuais que ainda não estejam tão familiarizados,
promover o envolvimento e a interação entre os alunos de diferentes turmas na
elaboração do jornal, bem como a troca de informações e conteúdos, explorando a
criatividade, o senso crítico e de organização.
A
intenção foi compor um jornal com trabalhos e pesquisas enquadrados em determinados
gêneros como: artigos, reportagens, entrevistas, resenhas, contos, crônicas,
poemas, charges, tirinhas e anúncios. Vale salientar que as produções
encontradas nesta edição são inteiramente da autoria, ou o resultado da investigação,
dos alunos. As estagiárias foram apenas um pilar orientador em toda esta
construção.
Por
fim, agradecemos à escola pelo espaço cedido para os encontros, aos professores
pelo apoio nas horas solicitadas, aos entrevistados e, sobretudo, aos alunos
que participaram da equipe do jornal, pois foram essenciais para a concretização
do projeto.
Confiram
o resultado deste trabalho. Boa leitura!
Professoras estagiárias
do Curso de Letras UFSC:
Carla
Ruthes, Juliana Flores, Tayse Marques e Valéria Cunha.
Alunos do Beatriz:
Turma
83: Mayra Regina, Jaqueline Cardoso . Turma 82: Eduarda Lima . Turma 81: Alícia
Sczmanski, Gabriela Silva, Luisa Lessa, Nicolas Domingues, Pheterson Pereira
. Turma 73: Fabíola Oliveira, Turma 72: Keila
R. Dias, Kuana B. da Cunha . Turma 71: Ana
Clara Ferreira . Turma 62: Ellen C. da Cunha, Emanuelle Barbosa, Felipe
Kessler, João Pedro Silva.
Professoras:
Professora
Ângela Beirith (Beatriz) e Professora Gizelle Kaminski Corso (UFSC).
Confira
o jornal em Scribd, clicando aqui.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Beatriz: uma história linda de se ver...
A inauguração do Grupo Escolar Beatriz de Souza Brito em 1963 - onde atualmente é o Centro Comunitário - marca uma data importante na história da Educação no Sertão do Pantanal em Florianópolis, que se iniciou nos anos 30 com as casas-escolas.
A construção do novo e
atual prédio da escola, em 1986,foi outro passo marcante para a vida da
comunidade do Bairro Pantanal. Em 2013 celebramos os 50 anos da Escola Básica
Municipal Beatriz de Souza Brito nessa trajetória em busca da excelência do
ensino público de qualidade, pelos esforços de todos os que se comprometeram
nela e com ela, com as crianças e adolescentes, professores, alunos,
funcionários, pais e amigos da comunidade escolar a re-evolucionar e reencantar
o mundo.
O Bem te vi, do alto do
morro, olha para essa história linda e, canta cheio de orgulho: Be-a-triz!
Be-a-triz! Be-a-triz!
A
história do Bairro Pantanal e o surgimento da Escola Beatriz
A
Escola Básica Municipal Beatriz de Souza Brito está localizada no bairro
Pantanal, na cidade de Florianópolis. O bairro Pantanal[1],
formado no final do século XIX, era constituído na sua maioria por famílias
pobres, descendentes de açorianos e negros. Várzea, em 1990, descreveu dessa
forma o bairro:
O
Pantanal é um arraial muito inferior em população e construções ao arraial do Saco,
e acha-se situado à falda de uns cerros ao sul, de que é padrasto Morro do Rio
Tavares, tendo em frente, pelo norte, o vale formado entre os altos da
Carvoeira e os daquele monte.
Os
sítios que contém são em geral terras de cultura, com simples mas risonhas
casinhas rústicas e engenhos primitivos, uns feitos de alvenaria, muitos só de
pau-a-pique barreado, cobertos de telha ou palha, em meios aos lençóis
verde-escuro da rama da mandioca, as espanadas verde-claro dos canaviais que
ondulam ao vento como uma floresta de alfanges, ou entre cafeeiros tufados e
pomares de altas frontes, onde sobressaem a laranjeira, o pessegueiro, a
ameixeira e a fruta-de-conde. O nome Pantanal vem-lhe talvez desse vale onde
serpenteia o riacho dos limões que deságua à praia do Saco, vale em cujo
terreno são freqüentes os banhados, mas que é de um pitoresco impressionista
pela linha rasa dos campos e no pendor das espaldas, ondulando em tonalidades
sem fim de verdura a uma e outra margem da estrada, atravessada de pontes em
seu leito arenoso e largo.
Essa
estrada, que descreve uma admirável curva de mais de três quilômetros de
extensão, sempre orlada de altas cercas de espinheiros, interrompidas, cá e lá,
por alguns pequenos trechos roçados ou renques de bastas árvores seculares, que
o machado do lavrador poupara não se sabe porque benéfica singularidade – vai
terminar no vasto largo da Santíssima Trindade, quase em frente ao sítio de
onde parte a magnífica estrada que daí conduz a cidade pelas Carreiras e pela
Pedra Grande. (Várzea, apud Cabral Filho, 1998, p. 9 e 10)
No
início do século XX existia a escola masculina do Pantanal, localizada no alto
de um dos morros do bairro, o chamado Sertão do Pantanal. De acordo com Cabral
Filho (1998: 16) “é provável que essa escola tenha se tornado a escola mista do
Pantanal, que o relatório do Prefeito Mauro Ramos citou em 1935 como a Escola
Municipal do Sertão – Distrito da Trindade, como pertencente ao município de
Florianópolis.” Ainda de acordo com esse autor, “a escola do Sertão fazia parte
da categoria isolada onde um só professor ensinava, no mesmo horário e na mesma
sala de aula, a alunos com diferentes níveis de adiantamento escolar e de
escolarização. Após concluírem o quarto ano primário, as crianças dirigiam-se a
bairros vizinhos para continuarem os estudos, mas muitos encerravam aí o seu
período de escolaridade.” (Ibid, p. 18)
Os
alunos que freqüentavam a Escola do Sertão eram os moradores do próprio local e
alguns outros da parte baixa do Bairro. Como a Escola era só até a quarta série
do ensino fundamental, muitos optavam por estudar no Grupo Escolar Olívio
Amorim, no bairro Trindade, ou no Grupo Escolar Getúlio Vargas, no Saco dos
Limões. Essa situação, aliada à idade avançada da sua única professora,
acarretou a desativação da Escola.
No
início dos anos 50, o número de crianças que moravam na parte baixa do bairro
Pantanal era muito grande, o que provocou a criação da primeira casa-escola. A
casa-escola era um chalé bem velho, antigo, de madeira, e que funcionava em
três períodos: das 8 às 11 horas, das 11 às 14 horas e das 14 às 17 horas. Com
o tempo e a crescente demanda foram surgindo outras três casas-escola[2]. Em 1958, o
então Prefeito de Florianópolis, Osmar Cunha, regularizou a situação das
casas-escola, desdobrando a Escola Isolada do Pantanal, através do decreto nº 55,
de 1º de março. Apesar desse ato as casas-escola continuaram funcionando como
escolas mistas e nas mesmas casas. Até 1962 a UFSC já tinha gerado mais de 267
empregos. O início da instalação da sede da ELETROSUL – Centrais Elétricas do
Sul do Brasil, em 1968, também contribuiu para essa transformação. A conclusão
da obra se deu no ano de 1978, mas ao contrário da UFSC, o quadro
técnico-administrativo exigido pela ELETROSUL era qualificado e o ingresso via
concurso público. Mesmo assim, os moradores do Pantanal também se beneficiaram
com a implantação da Empresa alugando imóveis e vendendo terrenos para os
“novos” moradores do bairro, os empregados da ELETROSUL. (Cabral Filho, 1998)
A
transformação do Bairro implicou mudanças também no serviço educacional oferecido
pelo Município. No ano de 1963, durante o mandato do prefeito Osvaldo Machado,
foram unidas as quatro casas-escola do bairro Pantanal, sendo criado em um
único lugar o Grupo Escolar Beatriz de Souza Brito.
O
Grupo Escolar Beatriz de Souza Brito era composto por quatro salas de aula,
cozinha, sala de direção, banheiros e um pátio coberto. Os professores e a
direção participavam de reuniões promovidas pela Prefeitura Municipal de
Florianópolis através de seu Departamento de Educação. Nessas reuniões
apresentava-se o rendimento dos estudantes, trocavam-se experiências e
discutiam-se orientações gerais para as necessidades da escola.
Conforme
Cabral Filho (1998: 39 e 40) “de 1972 a 1985, o corpo docente da Escola Beatriz
foi composto em sua maioria por professores normalistas efetivas, substitutos e
bolsistas, situação comum na Rede Municipal de Ensino, que durante a década de
70 realizou apenas dois concursos públicos para o magistério, em 1972 e 1978. O
número de matrículas do Grupo Escolar Beatriz em 1972 foi de 240 alunos.”
No
ano de 1986 a Prefeitura Municipal de Florianópolis transformou o então Grupo
Escolar Beatriz de Souza Brito em Escola Básica, tendo como um de seus
objetivos atender a demanda do bairro Pantanal, oportunizando-lhe a continuidade
dos estudos após a 4ª série do 1º grau, evitando que os mesmos interrompessem
sua trajetória escolar, já que as outras escolas ficavam em outros bairros.
A
transformação do Grupo Escolar em Escola Básica viabilizou-se legalmente
através de estudos do Instituto de Planejamento Urbano – IPUF que criou o
processo de expansão do ensino Fundamental (5ª a 8ª série) no município de
Florianópolis. Esse estudo foi enviado ao Diretor da 1ª Unidade de Coordenação
Regional de Ensino – UCRE, José Carlos Cechinel e, logo em seguida, o então
Prefeito de Florianópolis, Edson Andrino, assinou o decreto nº 84, de 2 de maio
de 1986, no qual era oficializada a transformação do Grupo em Escola Básica.
Ao
final do ano de 1986 foi realizado um concurso público para o magistério
municipal, através do qual a Escola Básica Municipal Beatriz de Souza Brito
recebeu doze professores efetivos de 5ª à 8ª série, todos com formação
superior. Ainda no mesmo ano foi instituída a lei municipal nº 2.415, de 8 de
julho, que estabelecia eleições diretas para diretores de Escolas Básicas da
Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. A Escola Beatriz participou desse
processo elegendo Catarina Maria Silveira dos Santos, professora das séries
iniciais, moradora do Bairro e que já ocupava esse cargo como diretora indicada
há mais de 17 anos.
* Reproduzido do Projeto Político Pedagógico da Escola Beatriz.
[1] Para saber mais sobre a
constituição do bairro Pantanal, ver: DALLABRIDA, Norberto. Uma história do bairro do Pantanal.
Florianópolis, 1989. Monografia de conclusão de curso (Graduação em História) –
Departamento de História. Universidade Federal de Santa Catarina; TESSEROLLI,
Miriam A. Da ruralidade à urbanidade.
História do bairro do Pantanal. Florianópolis, 1992. Relatório de pesquisa –
Departamento de História. Universidade Federal de Santa Catarina.
[2] “Nos documentos da
Diretoria de Educação da Prefeitura de Florianópolis, essas casas funcionavam como
uma única escola isolada, conforme decreto nº 06, de fevereiro de 1957 do
Prefeito Osmar Cunha.” (Cabral Filho, 1998: 20)
CABRAL
FILHO, Pedro. A constituição da Escola Básica Municipal Beatriz de Souza Brito:
1935-1992. Florianópolis, 1998. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal
de Santa Catarina.
Assinar:
Postagens (Atom)